sábado, 5 de setembro de 2009

Pravda: Bravura e Glória Soviética na reunião do Pacto de Varsóvia

Moscou, 26 de outubro de 1962

Khruschev: “é melhor morrer em pé, do que viver de joelhos”

Com uma emocionante abertura, ao som do hino soviético, os Estados integrantes do Pacto de Varsóvia reuniram-se, hoje, para discutir questões atuais ligadas às ameaças de suas forças inimigas. Magistralmente, o presidente do Conselho dos Ministros, Khruschev, discursou a fim de destacar os interesses e a postura da União Soviética e de seus aliados, na presença de importantes autoridades participantes do Pacto de Varsóvia.

O presidente ressaltou em seu discurso, inicialmente, a acusação dos Estados Unidos, feita em 14 de outubro, que se referia à instalação de mísseis em Cuba por parte do governo, em que era dito que tal ato perturbaria a paz mundial. Contudo, o presidente yankee, Kennedy, não se deu conta da contrariedade de sua acusação – encaminhada para o Conselho de Segurança das Nações Unidas. É de conhecimento geral que o país americano distribuiu bases militares de forma que as grandes nações comunistas fossem cercadas por elas. A finalidade que é apontada por eles é focada na segurança, na manutenção da paz dentro dos países. Dessa forma, ao contestar nossas ações, dedicadas principalmente a ajudar não só ao povo cubano, mas também aos povos comunistas, eles caem em contradição. Como disse nosso presidente: “O capitalismo gera seu próprio coveiro”.

A finalidade maior da ação realizada em Cuba, nação amiga dos soviéticos, é dar ao povo cubano a vida que eles desejam: dar a eles segurança - com o foco em normalizar o estado de paz. Cuba é consciente da existência dos mísseis em seu território e está de acordo com isso. Assim, a Mãe Rússia está buscando, também, dar segurança aos navios soviéticos que chegarem a Cuba, por conta do injusto embargo aplicado a nação em questão. As nações comunistas, assim como aquelas capitalistas, querem se desenvolver com o intuito de dar ao seu povo uma vida digna, uma vida justa.

É necessário, dessa maneira, que nós, povo comunista, povo soviético, não fiquemos calados em relação a isso, em relação a essa desigualdade entre os países. Novamente, nosso presidente fez uma perfeita citação de motivação dizendo que “é melhor morrer em pé, do que viver de joelhos”. A União Soviética está pronta. Em contrapartida, fica claro que a nossa nação prima por diplomacia – se não houver ataques à União Soviética e aos seus aliados, os mísseis não serão utilizados – e reconhece a importância de um acordo como um “presente à humanidade”. Com palavras de coragem, bravura e paixão pela bandeira comunista que flamejava às suas costas, o presidente do Conselho dos Ministros encerra seu discurso; “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”.

Observação: Após o encerramento da sessão do discurso, o Pacto fechou suas portas. Nós, jornalistas dedicados à bandeira comunista lamentamos por isso, mas entendemos suas razões. Esperamos que, em breve, as portas novamente sejam abertas a fim de que, novamente, possamos clamar pela nossa nação e pela defesa de seus interesses.

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