quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Encerramento da SiONU 2009

O Comitê de Imprensa mais uma vez agradece a todos os Delegados que fizeram o nosso trabalho possível. Cobrir toda a balbúrdia que os Srs. aprontam é bastante cansativo e divertido. Obrigado a todos por visitarem nossos blogs e prestigiarem nossas notícias; através de elogios ou críticas, é muito gratificante ver nosso trabalho sendo reconhecido! :)

Mais uma vez obrigado e até a próxima!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pravda: Apoio dos aliados comunistas à Hungria

Moscou, 28 de outubro de 1962
Os participantes do Pacto de Varsóvia demonstraram, agora a tarde, total apoio aos húngaros.
A Delegada da Bulgária deu uma declaração dizendo: "A França está fora de si e indo contra a opinião de seu próprio bloco, Todo o pacto de Varsóvia está disposto a atacar os membros da OTAN no caso de um ataque francês à Hungria".
Outros delegados - da Coréia do Norte, da Alemanha Oriental e de Cuba - também demonstraram sua compaixão à amiga comunista Hungria, exaltando o teor negativo da ação da francesa. Também foi reforçada a ideia de união entre as nações vermelhas que participam das reuniões do pacto, a fim de não se racharem - como vem ocorrendo na OTAN segundos fontes confiáveis.
Os delegados da Hungria se pronunciaram e disseram que estão mobilizando tropas para a fronteira com caráter exclusivamente defensivo e que aguardarão, em prontidão, o seguimento dos acontecimentos. Assim, a Hungria - seguindo o exemplo da nossa sempre pronta União Soviética - está preparada, ainda que os reais motivos de tal possível invasão ainda não tenham sido divulgados.
E agora? Por quanto tempo será que persistirá devida tensão?

Pravda: Tensão Húngara

Moscou, 28 de outubro de 1962


Polônia sobre o caso: "Acho que os senhores franceses devem se concentrar em sua indústria de cosméticos, porque o fedor francês já chegou ao leste europeu"

Na reunião que se segue agora, durante a tarde no Pacto de Varsóvia, foi recebida a bombástica notícia de que a chegada de tropas francesas na Hungria ocorrerá em vinte minutos. Isso mostra que a ação ofensiva já deve ter ocorrido há algum tempo, em face da distância entre a França e a Hungria. A ação imperialista francesa nos leva ao seu repúdio. Não há lógica definida em tal ato, assim como a falta de voz da OTAN nos deixa confusos. Entre contradições, atos mal explicados e confusões, o Tratado segue em um medroso silêncio. No Pacto, com a chegada da notícia, a Hungria declarou à imprensa: "A República Popular da Hungria condena veementemente a movimentação de tropas francesas em direção às fronteiras hungáras." Além disso, ela ressaltou que os líderes mundiais comunistas se encaminham à resolução pacífica e mostram quem são os verdadeiros países que querem causar um conflito mundial.

Os outros participantes do pacto demonstraram solidariedade à nação amiga - Hungria - e se manifestaram após o fato. O Delegado da Polônia disse, com inteligente senso de humor, a frase citada: "Acho que os senhores franceses devem se concentrar em sua indústria de cosméticos, porque o fedor francês já chegou ao leste europeu". Não queremos que nossas nações vermelhas se contaminem com o fedor imperialista que chega. Temos certeza que a União Soviética, com toda a sua imensidão, irá agir e tomar medidas se a invasão for realizada.

EXTRA!: Hungria na mira

A OTAN, em reunião a portas fechadas a quase 3 dias, anunciou à imprensa que estão em curso estudos - já em vias de finalização - para uma intervenção na região da europa oriental. O país-alvo até o momento seria a Hungria, entretanto é uma decisão difícil de ser alcançada pelo fato do país fazer fronteira com 2 Estados socialistas: a Tchecoslováquia & a Iugoslávia.

NYT: OTAN repudia movimentações soviéticas próximas a Grécia e Turquia


Em nota à imprensa, EUA, Grécia e Canadá alertam sobre perigo comunista na Europa e destacam "risco de ataque" e "perigo a humanidade".

Diante do aumento constante de movimentações militares soviéticas nas proximidades das fronteiras de Grécia e Turquia, EUA, Grécia e Canadá, por intermédio da OTAN, repudiam estratégia de risco comunista e alertam que tropas soviéticas destacadas para fronteiras de países membros do tratado representam risco de ataque e perigo à humanidade. Medo cresce entre as populações dos dois países europeus e aumenta fuga de civís das cidades perto de divisas com bloco soviético.

NYT: Bloqueio naval não nega a sobrevivência ao povo cubano, diz chefe de Estado Maior americano.

Segundo Maxwell Taylor, quarentena visa somente impedir a entrada de mais material bélico na ilha comunista. Navios com bens essenciais e alimentos circulam livremente.


Durante reunião da OTAN ontem, o Chefe de Estado Maior dos Estados Unidos, Maxwell Taylor, em nota à imprensa declarou que o bloqueio naval à ilha cubana possui o único fim de não permitir a entrada de equipamentos bélicos e outros que possam ser usados em instalações de lançamentos de mísseis como as divulgadas em fotos em 14 de outubro.

Maxwell Taylor ainda ressaltou que navios transportando suprimentos alimentícios e bens de grande necessidade à civis cubanos tem livre circulação marítima e que os EUA não repetirão o exemplo comunista como o trágico episódio do bloqueio de Berlim.

Pravda: OTAN, mais uma vez, se contradiz

Moscou, 28 de outubro de 1962


Ainda com grande pesar, indignação e tristeza, por conta do ação imperialista americana à Cuba, nosso Delegado da União Soviética, Guilherme, honrou com as palavras proferidas nos discursos anteriores, representando toda a integridade dos comunistas e soviéticos: "Nós não seremos os primeiros a dar os tiros".
O presidente de Cuba, senhor Fidel Castro, ressaltou que ocorrem em Cuba protestos de total indignação à ação americana o que mostra que são totalmente descrentes em uma boa índole do país em questão. Brinlhantemente, disse algumas palavras de comoção: "A voz do povo é a voz de Deus".

Dando continuidade às contradições e perversidades da OTAN e principalmente dos Estados Unidos, mais um absurdo ocorreu. Tropas francesas, sem nenhum tipo de esclarecimento, movimentam tropas de seu país em direção à fronteira da Hungria. Dessa forma, novamente o Tratado dos países do Atlântico Norte se mostra como possuidor de uma postura ofensiva - e não defensiva como inúmeras vezes tentam dizer. Ninguém acredita mais nesse discurso. Se a iniciativa do ataque é dada por eles, obviamente sua postura é ofensiva! Não há mais motivos para se contradizer. Tudo se torna evidente. O Pacto, civilizadamente, irá enviar uma carta a OTAN para futuros esclarecimentos. Aguardaremos as próximas possíveis contradições.


domingo, 6 de setembro de 2009

NYT: Fragata cubana é abatida ao furar bloqueio continental. Tensão explode.

Anuncio dado pelo Serviço de Inteligência da OTAN informa o abatimento de fragata cubana ao furar bloqueio continental. O anúncio foi recebido com muita preocupação pela comunidade internacional e risco de conflito atômico é eminente.

Leia abaixo o comunicado da OTAN na íntegra.

O serviço de inteligência da OTAN, informa aos senhores delegados reunidos, hoje (27/10/62) que uma fragata cubana , sob a desculpa de estar fazendo reconhecimento local, furou o bloqueio continental.

Os navios da Marinha Americana, com sucesso, afundaram-na, conforme orientado por seu governo.

Atenciosamente,

Serviço de Inteligência da OTAN.

Pravda: Pesar nos corações comunistas

Moscou, 27 de outubro de 1962


Hoje à tarde, mostrando-se dedicada à procura de uma solução pacífica para a tensão que se segue, a União Soviética tomou a corajosa e essencial atitude de procurar os delegados americanos para uma tentativa de acordo. Os representantes dos EUA na OTAN concordaram em se reunir com os bravos Delegados soviéticos para que fosse realizado o acordo entre as nações. E assim foi feito – sendo consideradas as negociações positivas para os lados. A União Soviética se mostra dessa forma a grande incentivadora de atitudes que sejam tomadas para o bem.

Logo depois de firmado o acordo, um acontecimento abalou o mundo socialista: os americanos, ferindo totalmente o que estava no conteúdo do acordo em questão - e assim o violando - afundaram, cruelmente, uma fragata cubana, mostrando explicitamente sua falta de integridade, de caráter – sendo mais um produto do seu terrível imperialismo malévolo. Isso mostra que os Estados Unidos querem guerra. Querem consequências que prejudiquem o social. Onde ficam os discursos de paz publicados no New York Times ? É por isso que ressaltamos: nenhuma palavra que saia da boca dos yankees deve ser totalmente acreditada.

Mais cedo, o secretário de defesa dos Estados Unidos afirmou ao mesmo jornal americano citado: “URSS nos enganaram no passado. Declaravam que os mísseis seriam para defesa e de curto alcance. Os mísseis são de alcance intermediário”. E quem nos engana no presente? E quem vem mostrando-se protagonista das ofensivas que ferem a tão sonhada segurança? Não estamos vivendo no passado. Os soviéticos e todos os comunistas, principalmente os cubanos, não irão tolerar atitudes desse tipo feitas pelo governo yankee.

Em nome de todos nós comunistas, cada vez mais enojados das ações americanas, fazemos uma lamentação à perda de nossos amigos e aliados cubanos. A poderosa força vermelha está junta para o que for preciso.

NYT: EUA não vão fugir da guerra, diz Secretário de Estado dos EUA

Em entrevista para o The New York Times, o Secretário de Relações Exteriores e o Chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos declara que a nação está pronta para reponder com todas as suas forças à qualquer ataque comunista.

Devido a forte pressão parlamentar, estado do nível de alerta militar diminui para DEFCON III, mas ameaça de conflito atômico continua. Aumento significativo de contingente militar soviético em fronteiras com a Turquia e a Grécia assustou a comunidade internacional.

Em declaração conjunta dada ao The New York Times, o Secretário de Relações Exteriores dos EUA, junto ao Chefe de Estado-Maior, afirmou que os EUA estiveram continuamente abertos para solucionar a crise por vias diplomáticas, entretanto as tentativas de expansão do poderio militar soviético para as fronteiras aliadas, conjuntamente com diversas tentativas de enganar o governo americano em relação ao alcance dos mísseis instalados em Cuba, elevaram a níveis críticos o impasse sobre o conflito.

URSS nos enganaram no passado. Declaravam que os mísseis seriam para defesa e de curto alcance. Os mísseis são de alcance intermediário”, disse o secretário do defesa dos EUA e ressaltou que “um ataque aos nossos aliados será um ataque aos Estados Unidos".

Os EUA não vão fugir da Guerra. A retirada dos mísseis é inegociável. O Pacto precisa demonstrar confiança.”

Pravda: Testes trazem segurança e confiança ao povo soviético

Moscou, 27 de outubro de 1962

Hoje, como uma incrível demonstração de sua magnitude e de seu poderio, a União Soviética realizou testes bélicos, em seu próprio território, na região da Sibéria. Os testes felizmente foram altamente bem-sucedidos e nós, povo soviético, nos orgulhamos desse feito e esperamos que as próximas realizações sejam tão bem sucedidas quanto essa. Sabemos que a nossa grandiosa Mãe Rússia realiza suas ações em prol aos seus cidadãos queridos. Isso mostra que a União Soviética e o Pacto estão preparados em caso de guerra, para nos defender e defender todos os povos amigos da nossa bandeira vermelha.

Mais cedo, os Estados Unidos enviaram à imprensa um comunicado em que dizem, como se fossem a grande vítima, um repúdio às possíveis ações do Pacto na fronteira da Grécia e da Turquia. Em adição a isso, fizeram uma alegação que existiria uma ameaça contra o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. O governo yankee, inclusive, exaltou que qualquer ataque ou ofensiva a um dos aliados participantes da OTAN será considerado um ataque direto da nossa União Soviética aos Estados Unidos. Torna-se cada vez mais incoerente o discurso, considerando que os americanos é que realizam as maiores ofensivas.

Até onde será que vai tal incoerência?

NYT: Medo de ataque comunista cresce

Pacto de Varsóvia condena aumento de alerta para DEFCON I. Segundo autoridades soviéticas, guerra não é anseio de membros do Pacto. Movimentações militares hostis em fronteira turca e grega continuam.

O aumento do nível de alerta militar para o DEFCON I, o mais alto em uma escala de cinco níveis, foi condenado veementemente pelos membros da aliança comunista Pacto de Varsóvia.

Em declaração enviada à imprensa nesta manhã, os países consignatários do Pacto enfatizam que a reação dos Estados Unidos foi desproporcional em relação às medidas soviéticas sobre movimentações militares americanas na Turquia. Membros do Pacto ignoram pedidos da Otan para abertura do diálogo e aumentam contigente militar em fronteiras com aliados.

Em notara à imprensa, a OTAN reafirma seu posicionamento exigindo a total retirada de mísseis nucleares de médio e longo alcance em Cuba e ainda o recuo de tropas soviéticas próximas à fronteira turca e grega.

As contínuas trocas de acusações de ambos os países, EUA e URSS, diante da crise instalada, aumenta rumores e especulações sobre a possibilidade de uma guerra atômica que levaria inevitavelmente ao aniquilamento total.

Eminências de ataque à OTAN

Tropas soviéticas movimentam-se intensamente na fronteira da Turquia. Sendo a essa um país membro da OTAN, uma invasão a mesma será encarada como um ataque a todos os membros.

Pravda: Divergências entre prática e teoria

Moscou, 27 de outubro de 1962
A surpreendente posição dos Estados Unidos de colocar o nível máximo de alerta, DEFCON1, levou a discussões dentro do Pacto. De maneira sagaz e engenhosa, o grupo de países comunistas comentou sobre o fato e alegaram sobre a incoerência disso, visto que a proporcionalidade dos acontecimentos não necessita tamanha elevação de alerta militar feita pelos impera listas yankee. A URSS reforça a irresponsabilidade do ato perante as pessoas, por conta de sua falta de sentido em face aos acontecimentos. Os Delegados da Mãe Rússia mostravam-se totalmente surpresos hoje pela manhã e falaram: “A ameaça partiu dos EUA e não da URSS!”. A elevação só mostra que os americanos não estão dispostos a fazer acordos pacíficos.

Além disso, uma Delegada da OTAN comentou que Luxemburgo já planeja executar uma mobilização de tropas. Hoje, ainda conseguimos interceptar um documento da OTAN o qual exigia a total retirada de tropas do Pacto de Varsóvia – inclusive falando sobre a existência de armamento nuclear. O documento ainda salientava a retirada de todos os mísseis de Cuba, inclusive aqueles de longo alcance. Dando continuidade a sua falta de noção das dimensões das afirmações, o Tratado exige o recuo de tropas da nossa União Soviética dentro de seu próprio território! Essa exigência beira o absurdo. Nós, povo soviético não nos renderemos ao imperialismo e a qualquer exigência que tais indivíduos realizem. A URSS e seus aliados já afirmaram e continuam reforçando o caráter defensivo de seus mísseis em Cuba, para impedir que eventos vergonhosos, como a invasão que se deu na Baía dos Porcos, ocorram novamente.

O Pacto de Varsóvia visa à paz e a segurança de seus membros. Contudo, em caso inevitável de guerra, estão dispostos a agir e mover tropas para a defesa de seus nobres e íntegros ideais. Os Estados Unidos informaram hoje, em outra via que fora interceptada, que a quarentena feita à Ilha de Cuba foi feita por questões de impedimento à chegada de novos mísseis e materiais bélicos e que navios contendo bens necessários seriam liberados. Diante da total falta de nobreza e integridade por conta de sua política imperialista, como acreditar que tais afirmações sejam pelo povo cubano? A teoria é, na maioria das vezes, bela – ou no caso, bondosa. Na prática é diferente. Na prática, todos nós que temos correndo em nossas veias o sangue comunista sabemos que por trás dessas declarações existem apenas segundas intenções e falta de credibilidade. O povo de Cuba clama urgente por melhores condições de vida.

Em um intervalo, um dos Delegados Yankee foi visto pelos corredores comentando sobre os últimos fatos. Ele dizia de maneira lamentável: “Se eles querem brincar de guerra, eles terão guerra!”. Senhor Delegado, quem quer guerra são os imperialistas. O Pacto de Varsóvia sempre foi disposto a uma negociação pacífica, o que mostra a falta de cabimento da afirmação do Delegado americano.
NOTA: No fechamento dessa edição, foi nos informado que os Estados Unidos reduziram o nível de alerta para DEFCON3. O que será que os americanos querem dessa vez?

sábado, 5 de setembro de 2009

NYT: EUA EM ALERTA MÁXIMO DE GUERRA

Crise dos mísseis aumenta e Forças Armadas Americanas entram em estado de alerta máximo para possível guerra nuclear.

Durante reunião de emergência nesta tarde em Moscou, membros do Pacto de Varsóvia declararam publicamente tomar "medidas de precaução" contra bloqueio naval à Cuba. Os EUA pela primeira vez na história aumentam o nível de alerta militar para o DEFCON I, o mais alto em uma escala de 5 níveis.

Cresce o medo entre a população e já faltam diversos suprimentos nos supermercados. Várias movimentações de militares em grandes comboios são vistas em todos os lugares públicos considerados pelo governo estratégicos. Ruas das capitais ficam vazias e medo de saques e roubos cresce. Toque de recolher e lei marcial são cogitados caso a situação fuja ao controle das autoridades federais. Analistas consideram guerra atômica eminente.

Leia abaixo o texto completo da declaração à impressa feita essa tarde durante reunião dos membros do Pacto:

“Em nome dos países do Pacto de Varsóvia , informamos o reconhecimento dos países membros perante a Comunidade Internacional do fato dos Estado Unidos da América bloquearem o espaço marítmo em torno de Cuba, impedindo a relação de solidariedade entre as países socialistas.

"Temos ciência da preocupação apresentada pelo Governo Americano ao que concerne as bases militares soviéticas de caráter defensivo em Cuba.

"Contudo não podemos deixar de levar em consideração a ilegalidade do “estado de quarentana” imposto pelo governo Kennedy, sem tomar as devidas medidas de precaução.
Expressamos, entretanto , a vontade dos países dessa organização, sobretudo da URSS, quanto a resolução pacífica desta crise."

Pravda: Longe dos olhares alheios, clima esquenta nas sessões

Moscou, 26 de outubro de 1962

Sob portas fechadas e ainda sem definição sobre uma possível reabertura, as sessões do Pacto de Varsóvia se estenderam durante a tarde. Possíveis telegramas, reuniões curtas externas e movimentação de entrada e saída comunistas foram os fatos a serem observados. Um boato inicial sobre a possibilidade de invasão à fronteira da Turquia, pelas tropas soviéticas, foi quebrado por um dos Delegados da Rússia, que afirmou que as pretensões da União Soviética continuam as mesmas ditas no magnífico discurso aqui aludido pela manhã – a manutenção da segurança de seus aliados comunistas do pacto. O mesmo Delegado afirmou que tal declaração é um boato falsamente imputado aos soviéticos e, assim, de maneira linear e coerente, a União Soviética e seus aliados prosseguem as discussões.

Com o súbito reabrimento das portas da OTAN, pudemos ter o acesso à leitura do discurso de Khruschev de hoje, em que, desrespeitosamente, alguns Delegados capitalistas deram risadas ao ouvir as palavras proferidas. O questionamento que é colocado aqui é se tais risadas seriam de aflição ou de falta de seriedade em si, posto que diante de um discurso de tal magnitude e importância esperava-se dos delegados do Tratado em questão ao menos respeito – que nunca foi ausente por parte dos soviéticos e aliados. Foi percebida na sessão em questão a ausência da Turquia e alguns delegados da OTAN mostravam-se atordoados com o fato.

Além disso, os Estados Unidos se mantiveram ausentes e calados ao longo de todo o dia, dificultando possíveis contatos e negociações com o Pacto. Essa postura só reforça a contrariedade de seu discurso: além da ausência, fontes confiáveis revelaram uma mobilização de tropas capitalistas em direção às ilhas gregas e ao norte da Grécia. Seguido dessa informação, foi revelado à imprensa que parece que a OTAN planeja declarar ao público o lugar para o qual deslocarão suas tropas. A cova continua sendo cavada pelos próprios capitalistas. Em adição ao fato acima, ainda ressaltamos o bloqueio imperialista e sem cabimento à Cuba, impedindo a relação de parceria com a sua aliada União Soviética. Já foi publicamente exposto o caráter defensivo de tais mísseis, deixando sem motivo evidente a ação americana.

O espírito comunista das Delegadas da Alemanha Oriental - Ariane Faria e Natalia Valladares, em comum com a nossa motivação, fez com que a segunda Delegada desse uma informação sobre as portas fechadas do Pacto: “Nós abriríamos as sessões apenas para o Pravda, mas isso ainda não é possível. Portanto, evitando que toda a imprensa mundial tenha acesso às sessões, a preferência é pelas portas fechadas”. Mais tarde, em entrevista com os Delegados russos - Guilherme e Bernardo, eles reiteraram a posição da Delegada alemã e deram informações importantes sobre as sessões. Assim, em prol dos interesses de todas as nações socialistas, esperamos que a posição adotada fosse a melhor e continuamos agradecendo e esperando pela contribuição dos brilhantes delegados vermelhos que estão atuando.

URGENTE: Fontes oficiais informaram, no fechamento dessa reportagem, que os Estados Unidos declararam estado de alerta máximo, DEFCON1. Qual será a reação da nossa Mãe Rússia e aliados a tal medida negativamente surpreendente?

NYT: A humanidade tem de acabar com a guerra antes que a guerra acabe com a humanidade (JFK)


Em discurso feito em clima tenso, Kennedy pede coragem aos países membros da OTAN para enfrentar o perigo da tirania comunista.

A sobrevivência da humanidade nunca esteve confiada a tão poucos”. Com essas palavras em discurso dentro do comitê de crise da OTAN, John F. Kennedy mostrou para mundo a severidade da situação envolvendo mísseis nucleares instalados em Cuba. Em tentativa de convencer seus países aliados, os EUA esperam urgentemente uma solução para o que está sendo a maior crise atômica da sociedade internacional.

As tentativas de discussão e solução do embate estão travadas e sem perspectiva de conclusão diplomática satisfatória. Fatores militares estratégicos dificultam qualquer conversação entre blocos dos dois eixos. Os EUA possuem bases instaladas na Turquia, construídas como tentativa de dissuasão e limitação do poderio militar soviético na região.

Em discurso histórico, JFK destacou a dramaticidade da ameaça nuclear a todo o mundo e pediu coragem aos países aliados no enfrentamento da situação. “Por fim, peço-lhes coragem. Coragem porque é ela a primeira das qualidades humanas, porque é a qualidade que garante as demais”.

Pravda: Bravura e Glória Soviética na reunião do Pacto de Varsóvia

Moscou, 26 de outubro de 1962

Khruschev: “é melhor morrer em pé, do que viver de joelhos”

Com uma emocionante abertura, ao som do hino soviético, os Estados integrantes do Pacto de Varsóvia reuniram-se, hoje, para discutir questões atuais ligadas às ameaças de suas forças inimigas. Magistralmente, o presidente do Conselho dos Ministros, Khruschev, discursou a fim de destacar os interesses e a postura da União Soviética e de seus aliados, na presença de importantes autoridades participantes do Pacto de Varsóvia.

O presidente ressaltou em seu discurso, inicialmente, a acusação dos Estados Unidos, feita em 14 de outubro, que se referia à instalação de mísseis em Cuba por parte do governo, em que era dito que tal ato perturbaria a paz mundial. Contudo, o presidente yankee, Kennedy, não se deu conta da contrariedade de sua acusação – encaminhada para o Conselho de Segurança das Nações Unidas. É de conhecimento geral que o país americano distribuiu bases militares de forma que as grandes nações comunistas fossem cercadas por elas. A finalidade que é apontada por eles é focada na segurança, na manutenção da paz dentro dos países. Dessa forma, ao contestar nossas ações, dedicadas principalmente a ajudar não só ao povo cubano, mas também aos povos comunistas, eles caem em contradição. Como disse nosso presidente: “O capitalismo gera seu próprio coveiro”.

A finalidade maior da ação realizada em Cuba, nação amiga dos soviéticos, é dar ao povo cubano a vida que eles desejam: dar a eles segurança - com o foco em normalizar o estado de paz. Cuba é consciente da existência dos mísseis em seu território e está de acordo com isso. Assim, a Mãe Rússia está buscando, também, dar segurança aos navios soviéticos que chegarem a Cuba, por conta do injusto embargo aplicado a nação em questão. As nações comunistas, assim como aquelas capitalistas, querem se desenvolver com o intuito de dar ao seu povo uma vida digna, uma vida justa.

É necessário, dessa maneira, que nós, povo comunista, povo soviético, não fiquemos calados em relação a isso, em relação a essa desigualdade entre os países. Novamente, nosso presidente fez uma perfeita citação de motivação dizendo que “é melhor morrer em pé, do que viver de joelhos”. A União Soviética está pronta. Em contrapartida, fica claro que a nossa nação prima por diplomacia – se não houver ataques à União Soviética e aos seus aliados, os mísseis não serão utilizados – e reconhece a importância de um acordo como um “presente à humanidade”. Com palavras de coragem, bravura e paixão pela bandeira comunista que flamejava às suas costas, o presidente do Conselho dos Ministros encerra seu discurso; “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”.

Observação: Após o encerramento da sessão do discurso, o Pacto fechou suas portas. Nós, jornalistas dedicados à bandeira comunista lamentamos por isso, mas entendemos suas razões. Esperamos que, em breve, as portas novamente sejam abertas a fim de que, novamente, possamos clamar pela nossa nação e pela defesa de seus interesses.